Cachorrinho
Existem, em território urbano,
uma classificação que divide a presença canina em quatro. Nas três
primeiras, encontram-se os domésticos totalmente supervisionados, os
semi-supervisionados e os de vizinhança, todos sob os cuidados dos
humanos. Já na última, tem-se os chamados ferais, independentes e
irrestritos, que formam matilhas de dez a quinze indivíduos que não interagem com os homens.
Esta classe canina interfere diretamente no equilíbrio do ecossistema
que ocupa. Por se manterem afastados de grupos humanos obtêm sua
subsistência a partir de resíduos dispersos na periferia das cidades e
da caça a animais de reservas e matas circunvizinhas. Nas ocasiões em
que ocorrerem contatos com seres humanos e outros animais de estimação,
os riscos de agravos são maiores que com os demais estratos
populacionais, por manifestarem agressividade mais acentuada que os
próprios animais selvagens.
Em contrapartida, estes animais apresentam altas taxas de mortalidade e
baixas de reprodução. Possuem o instinto da caça desenvolvido e não são
seletivos, pois variam desde pequenas presas anfíbias a grandes mamíferos de cerca de 10 kg. Considerados um dos principais predadores
da vida selvagem nativa em áreas protegidas em todo o mundo, estes cães
são agressivos tanto com seres humanos quanto com outros animais.
Possuem hábitos mais noturnos e não matam apenas para alimentação. Suas
populações não são vacinadas contra raiva e outras doenças
transmissíveis, o que as torna transmissoras potenciais de vírus,
representando um perigo para a vida selvagem e para o ser humano, caso
entre em contato com um. Tal comportamento e o perigo que representam às
sociedades e a outros animais, deixa como solução apenas a sua erradicação.